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ABRANTES: Tramagal homenageia Combatentes do Ultramar



Na manhã de 21 de abril na Vila do Tramagal, numa cerimónia presidida pelo secretário de Estado da Defesa, Marcos Perestrello, pelo Presidente da Liga dos Combatentes, Tenente-General Chito Rodrigues, e pelos autarcas de Abrantes e Tramagal, Maria do Céu Albuquerque e Vitor Hugo Cardoso, entre outras individualidades civis e militares.

A construção do monumento inaugurado foi um propósito que partiu da sociedade civil, através de uma grupo de ex.combatentes da freguesia, acompanhado pelo núcleo de Abrantes da Liga dos Combatentes. A CMA e a Junta de Freguesia assumiram o investimento.

O monumento, projetado pela Arquiteta da CMA, Maria João Espadinha, apresenta três placas de pedra representando os três ramos das Forças Armadas, onde estão gravados os nomes dos vários países e continentes referentes à Guerra no Ultramar. Inclui um memorial com a inscrição referente ao combatente do Tramagal João Lourenço Nunes, o único militar da Freguesia que perdeu a vida na Guerra do Ultramar. Foi na Guiné, em fevereiro de 1968.

Apesar da chuva persistente que marcou a manhã de hoje, a população local não arredou pé da cerimónia, demonstrando respeito e gratidão aos seus combatentes.

Com mãos se faz a paz se faz a guerra.
Com mãos tudo se faz e se desfaz.
Com mãos se faz o poema – e são de terra.
Com mãos se faz a guerra – e são a paz.
Com mãos se rasga o mar. Com mãos se lavra.
Não são de pedras estas casas mas
de mãos. E estão no fruto e na palavra
as mãos que são o canto e são as armas.
E cravam-se no Tempo como farpas
as mãos que vês nas coisas transformadas.
Folhas que vão no vento: verdes harpas.
De mãos é cada flor cada cidade.
Ninguém pode vencer estas espadas:
nas tuas mãos começa a liberdade.

Poema As mãos, Manuel Alegre, O Canto e as Armas, 1967, lido durante a cerimónia pela presidente da CMA.
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