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ARTIGO DE OPINIÃO: "B SAD - A fusão da sobrevivência", por Ricardo Bragança Silveira

 

No passado dia 7 de Março consumou-se o que há muito se falava. A B-SAD e o Cova da Piedade fundiram-se, dando origem a um novo clube, o Cova da Piedade SAD. Quando se profetizava a extinção da B-SAD, uma assembleia geral do Cova da Piedade veio dar um novo balão de oxigénio. Numa assembleia participada por 105 sócios, 62 aprovaram uma medida que, espero, não se venham a arrepender. Aliás, na maioria dos clubes, uma decisão destas obrigaria a uma maioria de dois terços, algo que não ocorreu.

Vejamos o que aconteceu para chegarmos aqui. Em 2018, e após alguns anos de uma má convivência entre o Clube e a SAD do Belenenses, estes decidiram-se pela separação. Como o nome, o símbolo e o estádio eram do clube, a SAD ficou apenas com os jogadores e foi obrigada a ir mudando de sítios para jogar. Também foram obrigados a mudar o nome e o símbolo. Mas o que se passa com a proliferação das SAD em Portugal é o que tem desvirtuado o futebol. Vejamos, os clubes de futebol deveriam ser “apenas” isso, clubes de futebol e não empresas. Desde dirigentes a serem principescamente pagos a jogadores que são adquiridos e pagos a peso de ouro, o futebol é que ficou a perder, e o caso da cisão entre o clube e a SAD do Belenenses é disso testemunha. Rui Pedro Soares, o Presidente da SAD, tenta a todo o custo sobreviver no meio do Futebol. Agora nada mais fez do que tornar o Cova da Piedade numa SAD. Não sabemos com que promessas, mas sabemos que tudo gira em torno do dinheiro.

Se o Cova da Piedade se vai arrepender deste “casamento”? O futuro dirá, mas não creio que os sócios do Belenenses aceitassem, de ânimo leve, que um histórico fosse para a 3ª divisão distrital só por embirração. Ou seja, Rui Pedro Soares pode não ser assim tão confiável para erguer um clube, mas o futuro o dirá.

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