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ARTIGO DE OPINIÃO: "Diga não à guerra, Slava Ukraini", por Ricardo Bragança Silveira

 


No passado dia 24 de Fevereiro fomos assombrados com a invasão da Ucrânia por parte da Rússia, sob as ordens de Vladimir Putin. Claro que isto não começou no dia 24 de Fevereiro, começou muito antes. Começou com a Crimeia em 2014. Começou com uma sede de poder de Vladimir Putin, para cumprir o seu sonho de reedificar a União Soviética. Quando nos preparávamos para começar a sair de uma pandemia, vem uma guerra. Uma guerra iniciada por um déspota, um criminoso de guerra. Vladimir Putin não tem o mínimo sentido de humanidade e tem de responder por crimes de guerra.

Ao contrário do conflito na Crimeia, desta vez o mundo uniu-se nas sanções à Rússia. Todo este bloqueio tem consequências económicas e sociais inimagináveis. Desde logo para a própria Rússia e para os russos, que se vêem privados de aceder a muitos serviços e muitas empresas estão a fechar as suas representações naquele país. Pede-se uma reacção musculada dos próprios russos contra um ditador, criminoso de guerra que quer subjugar uma nação independente e soberana, pela sede de poder. Nos tempos que correm, isto não é aceitável. No meio de tudo isto, surge a eterna ameaça nuclear. A Rússia, não tendo forma de ameaçar, deixa no ar a possibilidade de um ataque nuclear. Putin só pode estar louco!

Claro que estas sanções à Rússia tinham de trazer uma escalada brutal do preço do petróleo com aumentos brutais nos combustíveis e na energia. A Europa é imensamente dependente da Rússia, nesse campo. Em Portugal assistimos a uma escalada enorme do preço dos combustíveis, mas o comentário a isso será para outras núpcias. A realidade é que temos de fazer algo para não ficarmos dependentes energeticamente da Rússia, embora Portugal seja um efeito colateral, uma vez que será dos países da União Europeia que menos depende da energia do Leste.

Desde a invasão da Ucrânia que muitas vozes se têm levantado, ora de apoio, ora de ataque à defensiva ucraniana. Quem ataca a defensiva ucraniana diz que é a favor da paz, mas como se pode ter paz, quando um ditador ataca a nossa casa, o nosso canto, o nosso país? A paz a todo o custo, não é paz, é sacrilégio. Se é verdade que devemos sempre optar pela paz e pela concórdia, não podemos deixar que isso afecte a nossa defesa por aquilo que achamos justo. Pessoalmente, sou sempre a favor da paz e contra a guerra, mas não a todo o custo. Deparemo-nos com o seguinte cenário. E se, de repente, Espanha invadisse Portugal, querendo unir a Península Ibérica num só país, a exemplo do que tentou no passado? Não tínhamos nós, portugueses, o direito de nos defendermos? Não tínhamos, nós, o direito de lutar pelo bem do nosso país? Ou só para termos paz iríamos abdicar dos nossos valores e da nossa identidade e aceitar um país invasor? Por isso a Ucrânia tem de lutar fortemente contra o invasor.

No meio de tudo isto, temos Volodymyr Zelensky, o herói improvável desta guerra, o Presidente da Ucrânia, que pede mais apoio da Comunidade Internacional. É importante que a Comunidade Internacional não se fique pelas intensões e se prepare para, caso seja necessário, uma guerra global. Só se estivermos preparados podemos, realmente, lutar por uma paz desejada na Europa.

Uma coisa será certa, a Europa e a Rússia nunca mais serão iguais ao que eram. A Europa terá de ser mais forte na resposta a estas crises. A Rússia poderá perder o poder que tem no mundo e nunca mais se levantar. Espero que, em breve, esta guerra acabe e Putin responda pelos crimes de guerra que cometeu.

O Artigo de Opinião é da exclusiva responsabilidade do autor do mesmo.

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