CRITICA EM SÉRIE: "Doctor Who", por Hugo Simões
Talvez possam argumentar que existem séries melhores, mas é
mentira.
Doctor é uma série inglesa que começou em 1963, sim leram
bem, sobre um alien conhecido como The Doctor decide roubar uma máquina do
tempo/espaço chamada TARDIS que por fora é uma tradicional cabine telefónica
inglesa para policiais e por dentro é infinita, para fugir do seu planeta que
estava em guerra com uma outra raça de aliens conquistador de mundos. Pouco
tempo depois o actor protagonista decidiu que não queria continuar com a serie
e o estúdio tomou uma decisão que ia mudar a historia da televisão, e se o
Doctor, um Time Lord do planeta Gallifrey, tivesse o poder de se regenerar na
eventualidade de receber uma ferimento mortal porém essa regeneração
significasse que tanto o corpo como a mente do Doctor mudasse? Ou em termos
práticos, e se trocássemos o actor principal e mantivéssemos a personagem mas
com um aspecto e personalidade diferente? E agora estamos em 2018 e atingimos a
marca de 13 Doctors.
Doctor Who é uma serie que já passou a marca dos 50 anos com
diversas histórias e diversos actores, seja em televisão, livros, BD ou jogos e
nunca falha em desiludir, e a historia é essencialmente sempre a mesma, o
Doctor que é um ser de inteligência e
sabedoria superior que escolheu o caminho de fazer com que as coisas melhorem,
viaja pelo contínuo do tempo e do espaço a guiar a raça humana que está
continuamente a meter-se em problemas, seja em guerras consigo mesma, a ser
atacada ou a atacar outros.
Porque é que eu amo tanto esta série? O realismo das
personagens. Como é óbvio Doctor Who é ficção científica, aliens, naves
espaciais, viagens no tempo, chaves de fendas sónicas (o Doctor não usa armas)
porem eu encontro aqui as personagens mais reais que alguma vez vi. Vocês podem
gostar de Downton Abbey ou da telenovela das 9 por acharem que aquilo é real mas
Doctor Who transmite um realismo nas conversas, nas relações entre as
personagens, dos desejos e medos que não se encontra facilmente, e como cada
Doctor Who é uma variante da mesma personagem é sempre uma aventura o qual vai
ser a próxima decisão da personagem.
Decidi escrever agora sobre esta série porque para além das
temporadas, Doctor Who também faz um especial de natal e ultimo para além de
muito importante é muito bom.
Depois da sua última aventura com um final triste, o Doctor
volta a ser fatalmente ferido e sentido-se cansado de uma vida a ver os outros
morrer e ele decide que está na altura de acabar com aquilo e que não quer
voltar a regenerar-se, então a TARDIS (que tem um pouco de vida própria) leva-o
para o passado, para o pólo norte, para o momento da sua primeira regeneração
que também se está a recusar regenerar e correm o risco de criar um paradoxo
massivo.
*Spoiler Alert* para os fãs que sabem o que está a espera,
este especial marcar o fim de 4 temporadas do Peter Capaldi como protagonista e
é um excelente final para o desenvolvimento fantástico que foi o arco do 12º
Doctor e marca também o nascimento 13º Doctor(a), em inglês não existe este
problema, a primeira encarnação do Doctor enquanto mulher que é interpretada
pela Jodie Whittaker, o que significa que este ano aparece um nova oportunidade
e ponto na história para quem nunca viu Doctor Who poder começar e para quem é
fã é certo que vamos ter uma personagem completamente nova.
PS: Podem começar a ver Doctor Who no início de qualquer doutor porque funciona bem dessa bem maneira porém se querem ter uma boa visão
da última geração o que vocês querem é começar na temporada de Doctor Who
(2005) S01E01 com o 9º Doctor, apenas aviso que a primeira temporada é
extremamente má mas que depois melhora loucamente.